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Sobre 2024

2023 foi um ano de muitas expectativas frustradas: o colapso econômico que muitos previam por conta do histórico dos governos petistas, especialmente o desastroso segundo mandato de Dilma Rousseff, não se concretizou, muito provavelmente devido à atuação do Banco Central. Por outro lado, quem acreditava que a derrota de Bolsonaro pudesse trazer um período de maior tranquilidade política também se decepcionou pois o novo presidente mostrou-se mais radical que seu antecessor e disposto a buscar a revanche contra todos que, poucos anos antes, desvendaram a gigantesca corrupção em que o PT e seu líder operavam. Apoiado por um STF disposto a assumir de fato o controle do país, Lula da Silva vem operando como pode e como sabe para governar com um Congresso hostil e disposto a abocanhar mais e mais o orçamento da república.

 

Neste cenário, o que esperar de 2024?

 

Tudo indica que as contas públicas irão se deteriorar gradualmente, gerando maior endividamento e, consequentemente, maiores taxas de juros em comparação com economias semelhantes á brasileira. Isso significa que poderemos ter mais um ano de crescimento pífio e poucos investimentos. A agenda liberal liderada por Paulo Guedes foi posta de lado e já observamos o crescimento da estrutura estatal e da carga tributária.

 

Do ponto de vista institucional, tudo indica que as relações entre Legislativo e Judiciário permanecerão tensas, o que nos levará a mais insegurança jurídica, menores investimentos e menos crescimento.

 

E como romper este círculo vicioso?

 

Somente o poder Legislativo tem os instrumentos e a legitimidade para corrigir problemas tão complexos eliminando completamente o foro privilegiado de deputados e senadores, acabando com o fundo eleitoral e o fundo partidário, tornando mais rigoroso o orçamento e a legislação de responsabilidade fiscal, fazendo coincidir as eleições municipais com as demais, aprofundando a reforma trabalhista iniciada no governo Temer, implantando uma profunda reforma administrativa e elaborando uma nova legislação tributária (reformar o sistema atual é inútil).

 

Isso parece radical? Talvez, mas persistir com a metodologia dos últimos 40 anos esperando resultados diferentes é totalmente irracional.

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